O hipotireoidismo é caracterizado pela diminuição da produção dos hormônios da tireoide, a triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4). Trata-se de um comum distúrbio da tireoide, glândula localizada no pescoço, semelhante a uma borboleta.
O hipotireoidismo provoca mudanças em todo o organismo, uma vez que interfere nos batimentos cardíacos, ritmo do intestino, ciclo menstrual e humor. Toda a liberação dos hormônios da tireoide é feita por meio da hipófise, localizada no cérebro.
Com a diminuição da produção dos hormônios da tireoide T3 e T4, o coração reduz o bombeamento de sangue, podendo sofrer insuficiência cardíaca. Por sua vez, os rins não conseguem filtrar corretamente, o intestino fica mais lento, a pele resseca, entre outras mudanças.
O hipotireoidismo acomete aproximadamente 2% da população, chegando a 15% nas pessoas com mais de 60 anos de idade, especialmente as mulheres, visto que a patologia é sete vezes mais comum no sexo feminino.
Entre os principais sintomas e sinais do hipotireoidismo, estão a sonolência, ganho de peso, cansaço mudanças de humor, perda de memória, pele seca, intestino lento, unhas fracas, queda capilar, mãos e pés gelados, frio em excesso, anemia, mudanças na libido e colesterol alto.
Existem alguns fatores que podem ser considerados de risco para o desenvolvimento do hipotireoidismo: Mulheres com mais de 30 anos, idade maior que 60 anos, hereditariedade, menopausa, diabetes, gravidez, período pós-parto, poluição e iodo em excesso na alimentação.
Para a formação dos hormônios da tireoide T3 e T4, é ideal que ocorra a ingestão adequada de iodo, que está presente no sal de cozinha, frutos do mar e alguns tipos de peixe. No entanto, não é indicado exagerar no uso do saleiro, uma vez que impacta na glândula tireoide e pode provocar o hipotireoidismo.
Quando há casos de hipotireoidismo na família, é muito importante realizar exames regulares para detectar mudanças na glândula tireoide.
O médico pode avaliar de forma clínica, mas a confirmação vem por meio do exame de sangue, que mede as dosagens de T3 e T4. O uso do ultrassom também pode ser indicado em alguns casos.
Quando é detectado o hipotireoidismo, ou seja, a baixa produção de tireoide, o mais indicado é realizar a reposição com uma versão sintética do hormônio T4, que é convertido em T3 para agir nas células.
Para imitar o funcionamento ideal da tireoide, é necessário tomar o remédio diariamente, ajustando a dose conforme o grau de desequilíbrio na glândula. Por isso, somente um Endocrinologista pode indicar a melhor dose para cada pessoa. É necessário que o comprimido seja tomado de manhã, em jejum, aproximadamente meia hora antes do café.
Geralmente, o tratamento mais comum é a reposição do hormônio de tireoide, que é a levotiroxina, no entanto, algumas pesquisas têm indicado que cerca de 20 a 50% das pacientes não conseguem controlar a função da glândula de forma correta, necessitando de vários ajustes de doses e também repetições de exames.
Dessa forma, é muito importante que as pessoas saibam o que pode interferir na absorção de medicamentos. Confira abaixo 10 fatores que podem estar atrapalhando:
Geralmente, as pessoas que possuem hipotireoidismo podem apresentar quilos a mais, pois quando a doença não é tratada corretamente, o metabolismo do paciente pode ficar um pouco mais lento. Sendo assim, mesmo com a realização de atividades físicas e dieta, o organismo perde menos energia.
A retenção de líquidos também pode ocorrer devido a um funcionamento anormal dos rins, o que pode causar um acúmulo de peso na balança. Por isso, é muito importante estar com os hormônios da tireoide funcionando corretamente.